quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

2010

Com o novo ano se aproximando, surgem mts resolucoes...
Esse ano resolvi colocar aqui as minas, pra eu nao esquecer...
Sao bem simples...

Ler mais.
Falar menos.
Me dedicar mais a mim mesma.
Passar e ser chamada em pelo menos um concurso publico.
Visitar o blog com mais frquencia.
Terminar meu conto.
Ser mais paciente.
Brigar menos com quem amo.
Dormir menos.
Me dedicar a um esporte.
Ser menos relapsa com amigos...

Por hora s[o isso vem a cabeca...
Qq coisa posto mais reslucoes amanha...

=D

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Nooossa!
Dois meses se passaram desde minha última vinda aqui...
Nesse meio tempo li vários livros, ouvi muitas músicas, viajei bastante (bastante msmo... passei dez dias pelo nordeste), me ausentei de mts pessoas q amo, mas voltei ao lar.
Como ainda não vi a todos q amo, resolvi passar aqui e compartilhar um cadinho do q passei e aprendi com vcs...
Senti falta de muitas coisas, nesse tempo de ausência. Mas aprendi a selecionar o que é e o que não é importante para mim. Pelo menos melhorei meu filtro.
Senti falta das conversas por msn, telefone, pessoalmente. Senti falta das tardes nos cinemas, noites em boliches, e fds na praia.
Senti muita mas muita saudade do bjo de bom dia da minha mãe. Percebi o quanto devo a ela td q sou e, o quanto dela está em mim (e isso é absurdamente mais q jamais pensei).
Senti falta dos bjinhos de boa noite do meu avô e, percebi q cada um pode ser o ultimo. Por isso, voltei valorizando cada um deles como o mais importante.
Senti saudade do meu irmao pentelho e percebi que irmãos são irmão. não importa o quanto brigamos, eu me preocupo e ponto. E faço o q posso para ajudar, msmo a 3000km de distância.
Meu namorado fez uma falta absurda e, percebi o quanto cada conversa ao final do dia, como cada brincadeirinha boba como cada abraço apertado são importantes para o meu dia a dia.
Mas também senti falta de um cantinho só meu. E percebi, que eu preciso desse cantinho e, que tê-lo não significa não ter nada disso q me fez falta na viagem. Ao contrário, facilita bastante pois, com a viagem tb aprendi q sou um tanto mais solutária que imaginava.
Mas tb descobri inumeras coisas boas..
Matei saudades de um amigo q mora longe. Passeei com ele, conversei e (re)descobri q amizade independe de distância e presença. Percebi, que se formos gentis, msmo no outro lado do mundo, deixaremos saudades e pessoas que se importam e, levaremos um tantão disso tb. Mas, ser gentil demais atrapalha. Então acho q voltei mais dura.
Viajei com o heroi da minha infância e, descobri q ele ainda é meu herói e, que não importa o quanto eu cresça, eu vou querer q ele tenha orgulho de mim. Por isso, td q meu irmão mais velho me ensinou na viagem está aqui, martelando na minha cabecinha de vento. E descobri que mais q ser a irmã mais nova, adoro ser amiga dele!
Perdi o medo de avião.
Perdi a cor de escritório.
Perdi um monte de coisas..
Mas ganhei outras...
E voltei mais feliz, mais segura, mais dura, mas com certeza, mas gentil, amavel e amiga daqueles que amo.
Então...
O balanço desses dois meses foi positivo.
E, em breve escrevo uma histprinha para colocar aqui...
Bjks

domingo, 9 de agosto de 2009

Dia dos pais...

Hoje é o dia deles...
Aqueles que nem sempre sabem expressar o que sentem, mas que certamente fazem tudo que está ao alcance por essas pequenas criaturas, que não importa quão grande estejam serão sempre seus meninos...
Aqueles que se matam de trabalhar de sol a sol, pensando unicamente em prover a sua cria aquilo que não puderam ter.
Aqueles que têm o papel mais cruel da criação: são responsáveis pelas brigas, castigos, cobranças e, executam com perfeição a tarefa, mesmo tendo por baixo da máscara um coração enorme, bondoso e dolorido, calejado por essas atitudes.
Hoje é o dia dedicado a pessoa responsável por metade dos nosso gens e, por incontáveis características que moldam nosso caráter.
Então resolvi postar um pequeno textinho sobre essas figuras, tão importante em nossas vidas: Os papais.
Então, aqui vai o post em duas partes, pois ficou enooorme....

O texto:

O homem caminha tranquilamente pela orla... Esta é uma das praias mais conhecidas do mundo e, ele está caminhando para um encontro. A noite está perfeita para esse tipo de coisa, a Lua paira amarela e gigante acima de um mar calmo, lembrando a cena de um filme.
Dentro dele, um turbilhão de sensações é alimentado por imagens de um tempo que não volta. Olhando pro mar, ele quase consegue tocar aquela menina travessa, de cabelos castanhos curtinhos e olhar inocente. Uma cena de sua vida passa em sua mente e, nela, ele está ali, com aquela menina brincando de catar Tatuí e desejando que o tempo não passe nunca. Eles correm, fazem castelos de areia, se dão a mão para entrar na água. Ele a ensina a não temer o mar, mas respeitá-lo e, sem saber, desperta nela uma paixão imensurável.
Ao longe uma buzina toca e ele é arrancado à força de perto daquela menininha, saindo assim do mundo das lembranças. Então ele se dá conta de quanta coisa se passou desde as caçadas a Tatuís e bichinhos do mar.
Outra sensação o invade, e, dessa vez ele se lembra de outro quando, e ela ainda está lá, a mesma menina traquina. E, enquanto percorre o caminho até o Arpoador, muitos e muitos filmes se passam em sua mente. Em todos eles, esta menina aparece.
Quase como um fantasma, ou um anjo da guarda, lá está ela, intocável, insubstituível, imaculada. De uma forma ou de outra, a única coisa que ele tem certeza é que desde que ela surgiu em sua vida, tudo mudou. Desde o momento que a viu, ele não foi mais o mesmo. Ela o fez crescer, despertou muitas coisas boas que ele não sabia ser capaz de sentir. Ela o fez aprimorar suas qualidades e, tentar ao máximo “concertar” ou aceitar seus defeitos.
Foi por ela que ele viveu durante muitos anos. E é por ela que ele ainda faz o seu melhor, sempre. E, como não poderia deixar de ser, é por ela que ele está aqui hoje. É com ela que vai se encontrar e jantar.
O local de encontro está cada vez mais perto e, seu coração parecer querer sair pela boca. Ele não sabe se anda mais lentamente ou se apressa o passo. Ao telefone, ela disse que tinha algo muito importante para contar. Ele está preocupado com isso, não sabe o que esperar e, nem tem pistas de que atitude deve tomar.
Ele agora a vê. Seus cabelos balançam com o vento e, já não são curtos. O castanho deu lugar a uma coloração avermelhada. O olhar inocente foi substituído por um olhar austero, de quem sabe exatamente o que quer e, corre atrás. As traquinagens há muito deveriam ter sido deixadas pra trás, mas contrariando tudo o que disseram sobre adultos, ela ainda cultiva aquela menininha e, sempre que pode pratica suas travessuras.
Seus olhares se encontram e, por um momento ele luta com aquelas lágrimas que insistem em inundá-los cada vez que se vêem. Ele pisca para afugentá-las e a olha novamente. Só então percebe o homem ao seu lado. Ele já o viu diversas vezes antes e, até tem um carinho especial por este homem. Mas quase não consegue esconder o ciúme e a pontinha de raiva que surge, quando lembra que ele o tirou de seus braços.
Seu desejo é correr até lá, pega-la pelas mãos e levá-la para casa, deixando esse homem ali, desconsolado, abandonado. Mas ele sabe que não pode fazer isso. Então, faz o que lhe é permitido. Aperta suas mãos ao chegar, troca algumas palavras com o larápio então, olha profundamente nos olhos da menininha que mudou sua vida. Ela ainda é mais baixa que ele, mas ele já não precisa olhar para baixo para ver seus olhos.
Ela lhe dá um sorriso genuíno e o envolve em seus braços. O abraço é tão apertado que ele quase sufoca mas, quando ela solta ele deseja que aquilo não tivesse terminado. Ela dá um beijo demorado em sua face e os três então caminham para o restaurante, onde uma mulher que ele também conhece muito bem e, por quem tem um amor genuíno, mas diferente daquele que nutre por ela, se junta a eles.

...
(continua)

Dia dos pais...

...
(continuaçao)

O jantar passa de forma tranqüila e, ele não entende o que era tão importante de se dizer e, mesmo assim não ousa atrapalhar aquele momento. Eles conversam bastante e, falam de momentos vividos, de planos futuros, de uma viagem que está próxima. Ele realmente se deleita com aquele momento e, sabe que ficara em sua lembrança. As a sobremesa acaba e, não resta nada a fazer senão caminhar um pouco na ciclovia, tentando estender o tempo que passam juntos.
Os quatro sentam-se olhando o mar e, ela diz a ele que precisa lhe falar. Ele sabe que o momento que tanto teme está prestes a acontecer e, sugere que passeiem um pouquinho enquanto conversam. A conversa começa com assuntos leves, passa por lembranças daqueles momentos tão marcantes e, chega aos planos mais pessoais para o futuro.
De repente, ela se lembra que tem um embrulho na bolsa e entrega a ele. Ele abre o presente mais que depressa e sorri ao ver o que é. Em suas mãos, um porta-retratos prateado, com duas fotos dos dois. A primeira mostra a imagem que primeiro veio em sua memória: os dois na praia há muitos anos. A segunda é recente e mostra a felicidade de ambos na comemoração do ultimo natal. Nas duas fotos, a mulher que jantou com eles aparece e, tão feliz quanto os dois, sorri.
De repente ele se dá conta que aquela menininha é agora uma mulher e, quase se esquece de abrir o envelope de papel que veio junto com o porta-retratos. Fica um segundo absorto em pensamentos, até que a voz mais doce que ele conhece o traz de volta perguntando:
- Não vai abrir o envelope?
- Ah! O envelope...
Ele o tinha esquecido. Ele a olha ternamente e abre o envelope. Ali está a notícia que ela tanto queria dar a ele. Dentro do envelope um papel que se parece com o resultado de um exame. Ele abre calmamente o exame e o lê.
De repente, seus olhos se inundam, e ele não consegue esconder as malditas lágrimas. Ela imediatamente o abraça, acaricia sua nuca e sussurra em seu ouvido:
- Feliz Dia dos Pais.
Mais depressa que ele pode perceber, ele está ali abraçado aquela mulher e, não deseja sair dali. É a vez dele de apertá-la com toda força. Outro turbilhão de sentimento passa em sua cabeça.
Ele tem vontade de rir, de chorar, de bater naquele maldito homem que jantou com eles e, de abraçá-lo tão forte quanto acabou de abraçá-la. Nesse instante, ele percebe que a menininha da praia realmente cresceu. Tem a certeza que fez absolutamente tudo que podia ter feito e, fica feliz com o resultado de seus esforços parado, sorrindo, ali na sua frente.
Então, ele entende que esse é o melhor dia dos pais que já passou com ela e, que ela lhe deu o presente que ele mais queria receber e, que ao mesmo tempo mais temia. Ele relê o papel do envelope, ainda está confuso. São muitas coisas pra processar nesse instante. Quando acaba de ler, olha para ela novamente e percebe que ela está ficando assustada, como se temesse o que ele dirá.
Ele sorri, toca suavemente seu ventre e, ainda chorando diz:
- Eu vou ser avô! Esse é o melhor presente que você poderia me dar...
Ela o abraça novamente e, também chorando diz:
- Eu te amo, papai! Tenho certeza que será o melhor avô do mundo... Afinal, basta repetir o que fez comigo.
Os dois sorriem e, de mãos dadas voltam a encontrar o homem e a mulher que os acompanharam naquela noite e, que estão tão eufóricos quanto eles com essa notícia maravilhosa.
Ele deixa a raiva de lado e dá um abraço apertado no homem ali mesmo, na frente das duas. Afinal, ele agora não é mais o ladrão de sua filha, mas o pai de seu neto.
Sua esposa, orgulhosa para ao seu lado, lhe dá as mãos e, assim os dois ficam ali, olhando o mar e, planejando o futuro, enquanto lembram o passado...


******

Obviamente esse é um texto de ficção. E, como hoje meu querido pai não está aqui, para receber meu abraço, meu presente, meu carinho, aproveito para dizer que não o esqueci e, que a cada dia ele está presente, das mais variadas formas possíveis... Como diz a letra de uma das músicas que mais gosto: Pai, "Você faz parte desse caminho, que hoje eu sigo em paz..."
Bjks e bom domingo a todos!

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Fragmento... De novo...

Pronto!!!
Esse mês serão três post, pelo menos!!!!
Cansada de estar ausente daqui...
Como ainda estou escrevendo uma história, que acho que nunca vai acabar...
Aqui vai outro fragmento...

********

Hoje está uma noite perfeita para caminhar. A chuva cai faceira, bailando com o vento frio. As ruas estão vazias e o silêncio é facilmente ouvido. Ele caminha tranquilamente pela cidade, os pensamentos perdidos nas imagens formadas em sua memória. Está num subúrbio qualquer de uma cidade qualquer, um lugar ao qual ele não pertence, mas onde escreve nesse instante sua história.
Ele está indo a uma livraria, escolher uma boa leitura que o faça esquecê-la. No caminho de volta resolve parar num café que insiste em permanecer aberto, apesar do mau tempo e da escassez de fregueses a essa hora. Abre o livro e, saboreia o prefácio, enquanto aprecia seu café expresso com chantilly.
Assim como um dos personagens, ele também tem por hobbie a leitura e, ainda de forma semelhante ao rapaz do livro, ele não tem muito do que se orgulhar da sua vida até aqui. Foi um aluno medíocre, trabalhou em alguns lugares, machucou algumas garotas que o amavam, foi tantas vezes machucado. É um rapaz bonito, inteligente, com um futuro brilhante, pois faz com perfeição tudo aquilo que gosta de fazer.
O café acaba e ele resolve caminhar um pouco mais. Os pensamentos voltam e ele começa a lembrar o motivo de tudo isso. Por mais que queira é impossível evitar essa linha de raciocínio. Então ele simplesmente volta ao hotel. Toma um banho quente e demorado. Essa é uma das poucas coisas que o faz relaxar. Pede alguma coisa para comer no quarto mesmo e depois de um jantar solitário, cai na cama, exausto e completamente dominado pelo sono.

********

Desculpe a falta de conexão com o anterior, mas as coisas me vem assim.. Aos pedaços... Depois tenho que montar um quebra-cabeças...
Mas esse pedacinho ta bonitinho...
Bjks

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Fragmento...

Se eu coninuar nesse ritmo terei 12 postagens ao ano...
mas aindapretendo mudar essahistória...
Andei meio distante do teclado... Estou acabando de ler um livro que está me consumindo muito... É o fim de quase um ano juntos... (Na verdade é a saga "The Dark Tower")
Mas hoje acheium tempinho e vou postar um textinho que deve ter mais ou menos um mes...
É parte da minha vereda pelo mundo das prosas...
Espero que gostem...

***

Eles quase podiam tocá-la.
Uma mulher ruiva, com o cabelo quase na altura da cintura, de vestido vermelho longo, com um corte na lateral a perna esquerda e, um decote reto que valorizava ainda mais seus seios e sapatos altos também vermelhos. Ela gentilmente caminha até o local onde o homem está acomodado e suavemente prende suas mãos como lençol encontrado ali, para que ele só possa tocá-la quando permitido.
Ela dá as costas a ele e se dirige ao local do quarto reservado para Pole Dance, encontrado na maioria dos hotéis onde acontecem essas reuniões de célebres academias de pesquisas. A estação de rádio escolhida por ela parece saber o ponto exato da atmosfera do lugar e, sem comerciais toca as musicas certas para o momento. Ela conhece o programa e sabe, que a partir de agora tem aproximadamente trinta minutos para realizar seu joguinho sujo.
Ela solta suavemente o cabelo, se posicionando ao lado do cano de ferro onde fará sua atuação. Olha para ele meio de lado, de forma sedutora. Coloca sua mão no cano e começa a apresentação. Seu primeiro movimento é andar ao redor do cano, como se procurando o local ideal para o movimento que quer fazer.
Depois de uma volta inteira, ela se sustenta no braço direito e, passa a perna esquerda ao redor do cano, evidenciando sua perna bem torneada e, a renda da meia 7/8 que está usando com uma cinta liga. Ela roda pelo cano até chegar ao chão, onde mostra toda sua elasticidade fazendo movimentos tão sexies que deixariam “Erin Grant” com inveja. Ela explora mais um pouco o chão, abrindo as pernas num ângulo de 180º e inclinando seu corpo para frente, como se mergulhasse. Sobe o tronco, passando as mãos delicadamente em suas pernas, desde o peito do pé até a virilha, sobe as mãos até os seios e, no que parece uma explosão de movimentos, joga o corpo para trás, apóia-se nas palmas das mãos e levanta as pernas acima da cabeça, entrelaça-as no cano e ali permanece alguns segundos.
Então, apoiando todo seu peso em suas pernas ela sobe o corpo e desce do cano em pé, de costas para seu observador. Começa a puxar o zíper do vestido. Vira-se de frente, encara-o e, desliza as alças do vestido pelo braço deixando-o cair até o chão. Então faz mais um movimento no cano, explorando a sensualidade da lingerie vermelha composta por sutiã, calcinha e cinta liga vermelhos de renda e meia 7/8 cor da pele, de renda vermelha.
O que eles ouvem nos rádios que transmitem o som dos microfones é um som de estática quase enlouquecedor e, eles são atirados na realidade de forma brusca. Quando começam a se recuperar ouvem a voz nada agradável do comandante.
- Que porra de barulho é esse?
- Calma chefe, ela deve ter esbarrado em alguma coisa.
- Ampliem o som dos microfones. Não podemos perder nada desta conversa


***

Eu gostei bastante dessa cena...
Mas ainda não sei se isso vai a algum lugar...
Vamos ver..
QUem sabe essa semana ainda tem mais...
Bjkinhas

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Morte. Por Pedro Bial

Bom dia!!!!
Hj eu resolvi colocar aqui uma crônica de Pedro Bial, que recebi por email essa semana...
Amanhã de repnte posto alguma coisa minha...

"Assisti a algumas imagens do velório do Bussunda, quando os colegas do Casseta & Planeta deram seus depoimentos,
parecia que a qualquer instante iria estourar uma piada,estava tudo sério demais, faltava a esculhambação, a zombaria, a desestruturação da cena,
mas nada acontecia ali de risível, era só dor e a perplexidade, que é mesmo o que causa em todos os que ficam.
A verdade é que não havia nada a acrescentar no roteiro:
a morte por si só, é uma piada pronta.
A morte é ridículo.
Você combinou de jantar com a namorada, está em pleno tratamento dentário.
Tem planos para semana que vem, precisa autenticar um documento em cartório...
Colocar gasolina no carro e no meio da tarde...
MORRE.
Como assim?
E os e-mails que você ainda não abriu?
O livro que ficou pela metade?
O telefonema que você prometeu dar a tardinha para um cliente?
Não sei de onde tiraram esta idéia:
MORRER...
A troco de que?
Você passou mais de 10 anos da sua vida dentro de um colégio estudando fórmulas químicas que não serviram para nada, mas se manteve lá, fez as provas, foi em frente.
Praticou muita educação física, quase perdeu o fôlego. Mas não desistiu.
Passou madrugadas sem dormir para estudar pro vestibular mesmo sem ter certeza do que gostaria de fazer da vida, cheio de duvidas quanto à profissão escolhida...
Mas era hora de decidir, então decidiu, e mais uma vez foi em frente...
De uma hora pra outro, tudo isso termina...
Numa colisão na freeway...
Numa artéria entupida...
Num disparo feito por um delinqüente que gostou do seu tênis...
Qual é?
Morrer é um chiste.
Obriga você a sair no melhor da festa sem se despedir de ninguém, sem ter dançado com a garota mais linda, sem ter tido tempo de ouvir outra vez sua música preferida.
Você deixou em casa suas camisas penduradas nos cabides, sua toalha úmida no varal, e penduradas também algumas contas...
Os outros vão ser obrigados a arrumar suas tralhas, a mexer nas suas gavetas...
A apagar as pistas que você deixou durante uma vida inteira.
Logo você que dizia: das minhas coisas cuido eu.
Que pegadinha macabra: você sai sem tomar café e talvez não almoce, caminha por uma rua e talvez não chegue na próxima esquina, começa a falar e talvez não conclua o que pretende dizer.
Não faz exames médicos, fuma dois maços por dia, bebe de tudo, curte costelas gordas e mulheres magras e morre num sábado de manha.
Se faz check-up regulares e não tem vícios, morre do mesmo jeito...
Isso é para ser levado a sério?
Tendo mais de cem anos de idade, vá lá, o sono eterno pode ser bem vindo...
Já não há muito mesmo a fazer, o corpo não acompanha a mente, e a mente também já rateia, sem falar que há quase nada guardado nas gavetas.
ok, hora de descansar em paz.
Mas antes de viver tudo?
Morrer cedo é uma transgressão, desfaz a ordem natural das coisas.
Morrer é um exagero.
E, como se sabe, o exagero é a matéria-prima das piadas.
Só que esta não tem graça.
Por isso viva tudo que há para viver.
Não se apegue as coisas pequenas e inúteis da vida...
Perdoe...
Sempre!! "

Pq essa semana um turbilhão de pensamentos a esse respeito passa em minha cabeça...
Pq esse texto fala tudo que se há pra falar..
Pq a saudade continua...
E apesar do final sem graça dessa piada ridícula, que é a morte, sempre teremos boas recordações...
...
...

quinta-feira, 26 de março de 2009

Capítulo Um

Era um fim de tarde típico de outono: brisas suaves acariciando seu rosto, o cair da noite precoce e veloz, folhas se jogando dos galhos e, aquela sensação de nostalgia que o acompanhava desde a infância e, o pegava de jeito nessas noites...
Ele estava em seu carro, um Mustang 1973 conversível. Esse era o local onde mais gostava de passar o tempo e pensar na vida, seu santuário... Era nesse carro preto, com detalhes e capota em uma cor que estava entre o prata velha e o grafite, interior de couro também preto, rodas aro 21 cromadas e o melhor motor tunado para corridas que suas economias puderam pagar, que Ulrich refletia sobre seu mais novo trabalho.
Esta seria a primeira vez que ele precisaria usar um disfarce. Isso só tornava esta empreitada mais interessante, pois fugia do comum... Desta vez, ele não poderia simplesmente sair por ai com seu o confortável visual de herói de revistinhas de detetives: calça e blusas pretas, sobretudo preto, suas botas de couro e seu “peacemaker” 45, usado apenas em situações “de extrema necessidade”, como ele mesmo dizia (talvez tentando se convencer que não tinha nenhum impulso de pegá-la a cada instante de perigo).
Ulrich tinha concordado em trabalhar em conjunto com os federais dessa vez. Apesar de ser um lobo solitário e, de estar cada vez mais convencido que sua parceria com Sarah, a detetive do FBI que lhe propôs o trabalho em equipe, não lhe renderia frutos muito proveitosos. Obviamente, o fato de Sarah ter despertado nele um desejo quase animal (que ele não imaginava que fosse sentir novamente desde a trágica morte de sua doce Susan), desde a primeira troca de olhares, não teve muita influência em sua decisão. Muito menos o fato dela estar tão ávida por pegar Ethan, o bastardo responsável pelo desaparecimento de seu filho e, o mesmo canalha que entrara há muitos anos na residência de Ulrich, dando inicio ao fatídico episódio com sua esposa, que acabou com sua vidinha de trabalhador do governo, que pagava seus impostos da forma mais correta possível e, o empurrou para a vida que leva hoje.
Apesar de todos os indícios revelarem que desta vez, como há muito não fazia, estava deixando se levar por impulso; um impulso idiota chamado desejo, que torna a cabeça de um cara frio, calculista e perfeccionista como ele em um simples bolo de merda, deixando a pessoa tola; Ulrich sabia, em seu âmago, que se ele quisesse acabar com Ethan ia precisar de todo investimento que sua mais nova amiga estava prestar a lhe fazer. Por isso cedeu. Mas se engana quem pensa que ele pretendia levar a parceria até o fim. Não... O que ele queria era a grana, as armas e todos os apetrechos que lhe permitiriam uma busca mais veloz e certeira.
Agora, neste inicio de noite ele estava prestes a começar o trabalho. Levaria seu Mustang o mais longe seguro que conseguisse, próximo a uma rota de fuga que só ele conhecia e, colocaria seu disfarce.

...

Agora chovia uma chuva forte e fina, que impedia qualquer trabalhador de voltar pra casa em meios de transporte coletivos... O rádio da empresa não parava de chamar corridas, mas ele pacientemente esperava. Queria pegar a corrida certa, aquela que faria a noite valer a pena.
Estava recostado no banco de seu Palio Weekend, o cabelo lhe caía na testa, cobrindo as entradas que ele tanto temia ter quando criança. Entradas que o assemelhavam cada vez mais com seu falecido e rígido pai. Enquanto o tempo passava e a corrida perfeita não o chamava, ele fumava seu cigarro sem a menor pressa e, no rádio aquela velha e conhecida canção que trazia tantas recordações insistia em dizer que ainda existia. A canção era “The way you look tonight”, de Rod Stwert e, as recordações eram de uma menina-mulher que o conquistara com seu jeito meigo e, desfizera qualquer perspectiva que ele tinha de não entrar em relacionamentos. Com o turbilhão de memórias, veio o olhar vazio, que jamais deixava transparecer qualquer coisa, instigando seus expectadores a irem cada vez mais fundo em sua história, na tentativa de penetrar em sua alma sofrida e descobrir o que o trouxe até esse táxi, parado na esquina da 4th com a 21th.
No momento em que a música acabou o rádio da cooperativa chamou um carro próximo a 21th e, ele prontamente apertou o botão do ppt:
- “023 tempo”, disse a voz metálica do outro lado do radio.
-“Menos de cinco”, ele respondeu esperando não ter sido impaciente e impulsivo demais.
Rezando pra todo e qualquer santo em que as pessoas acreditavam, para que esta fosse a corrida que ele tanto aguardara. Seu coração palpitou. A voz metálica começara a falar novamente:
-“Cliente pede para aguardar próximo a entrada do “Le Hotel”, as 23h. Solicita também que o Sr. não buzine ou entre em contato para avisar que o aguarda e, solicita ainda que, caso ele não esteja no local no momento que o Sr. chegar para simplesmente ligar o taxímetro e aguardar. Cliente traja calças black jeans, blusa social preta e chapéu e botas de cowboy.
Estava feito! Toda sua espera não tinha sido em vão. Esta era a corrida pela qual ele passara a noite inteira esperando e, dessa vez ele tinha certeza que não deixaria a chance escapar.

...

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009


Quase três meses depois...
Aqui estou novamente...
Estive lendo mais um livro da série que tanto gosto: "The Dark Tower"...
Uma história maravilhosa sobre o último pistoleiro de mundo sustentado por feixes de luz, que funcionam como pilares e, onde a grande tartaruga (representante de um dos feixes)é a principal responsável por, nos dias em que se passa a história, ainda manter esse mundo de pé, seguindo adiante...
Este volume me fez parar pra pensar o quanto de nós está no que escrevemos e, o quanto do que escrevemos está em nós...
O fato é que quando escrevo, algumas vezes sou movida por mim mesma e, outras tantas vou enveredando pelo rumo que a estória toma, sem dar conta de que rumo é esse e, me surpreendendo ao final...
E hoje, ao ler algumas poucas palavras do sábio Stephen King, parei para me perguntar ate quando eu invento o que escrevo... Ou ainda.. Até que ponto não sou uma mera invenção daquilo que estou a rabiscar, uma "vítima" de alguma coisa que precisa ser passada adiante...
Quantas vezes eu apenas passei para o papel algo que precisava ser transmitido a outros...?
Quantas vezes pensei e reli cada linha escrita a fim de manter a história no rumo por mim desejado...?
A grande verdade, é que nao sei essas respostas...
A única verdade que sei é que as vezes sinto necessidade de contar algo... Na grande maioria dessas vezes não sei muito bem o que quero contar,mas sei que se me sentar e começar a escrever, logo estará findado.
Nem sempre as histórias contadas são a verdade do que sinto mas, sempre são reflexo do que vivi, vi, ouvi ou li...
Assim, me pus a pensar e conclui que, não importa as respostas que não tenho...
A mim, basta saber que o que escrevei ficará assim, imortalizado, guardando um pedaçinho da minha essência, passando alguma coisa importante (em qualquer âmbito, mesmo que apenas no prazer de ler) aos meus leitores...
Basta a satisfação de ver pronta a obra começada...
Com isso, tomei a decisão de um dia escrever um livro...
Não sei se de poemas, prosas, contos, ou um enredo mais complexo...
Mas vou refinar a ideia e ter certeza do que fazer.. Assim ,quem sabe não posto aqui pedacinhos de qualquer coisa que um dia publicarei (ou não)...
E quem sabe assim vocês possam refletir um bocado com o que escrevi, assim como fazemos sempre que lemos alguma coisa que nos desperta algo adormecido..
Até esse dia, desejo a vocês apenas
"Longos dias e Belas noites, sai"